domingo, 20 de fevereiro de 2011

Minha versão para " Tempos liquidos "


Às vezes blasfemo dizendo que nasci em uma geração perdida, na verdade não acredito nisso seriamente. Temos Vinte e poucos anos, muitos já têm famílias, muitos tem apenas filhos, outros já possuem experiências de vida inteira, casaram, tiveram filhos e divorciaram e estão construindo outra família. A grande maioria usa drogas, todos os tipos: cerveja, cigarro, maconha, consumo exacerbado. Correm , o tempo todo correndo, em busca de prazeres voláteis, rápidos, sem o mínimo de entrega.

Continuando minhas blasfêmias sem medo de errar, costumo pensar e até dizer que talvez toda essa nossas inquietações e distorções seja fruto do acelerado desenvolvimento, vendas de corpos, roupas, verdade e mentiras. Ou será porque nós somos filhos dos pais da revolução, da censura e do toque de recolher,que criaram-nos sem explicitar a importância da liberdade, da criticidade, do anseio de melhoras e descobertas. Jogaram-nos a responsabilidade de nos virarmos, com essa rapidez de informações, liberdade desenfreada.

Tenho medo que sejamos apenas álcool, inflamável e volátil.

Será que estamos preparados para as organizações sociais que estamos moldando?

E se tivermos filhos, como educaremos? Prenderemos em casa, com medo que tenham a vida que tivemos?

Somos ansiosos, descontrolados, extremamente démodé. Acreditamos seriamente que somos modernos, mesmo usando a versão de couro do ki chute de nossos pais, agora com uma marca conhecida e “fera”. Voltamos a usar calças com cores de chiclete, muitos acreditam que essa seja uma tendência nova, talvez lançada por mais um ator teen, mas rememore os álbuns de fotos de seus pais, e lá estarão eles, com as calças iguais as lançadas semana passada.

Me inquieto demais com nosso futuro, não sei o que seremos! Acho-nos interessante mas bem desperdiçados.

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