sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O machucado

A procura de uma nova vítima para descarregar toda sua ansiedade, Lê avista aquela que viria a ser sacrificada. Toda aquela protuberância que a natureza do seu corpo demorou algumas semanas para fazer, ela se incumbira de desfazer. Refazendo todo ritual habitual, analisa todos os lados da ferida recém-curada, e aos poucos retira toda a casca ao redor do machucado. Com um prazer alucinante retira de forma sagaz a parte do centro que sempre demora mais para sair, o que aumente sua sensação de prazer. Olha para suas grandes e afiadas unhas agora encharcada de sangue e micróbios, mas não pensa em nada disso ainda anestesiada pelo sentimento de volúpia e dor que seu corpo acabara de passar. Passado algum tempo lava a ferida agora aberta, mas devido sua juventude já começa a se fechar. Por pouco tempo!

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Não sei mais se encontrei o (des)equilíbrio. Encontro-me em minhas lacunas latentes. Posso compartilhar-me com outro, que ( des)conheço. Preciso do (re) começo.