sexta-feira, 6 de junho de 2014


Sem lente,
Demente.
Da mente
Sente
É Gente.

sábado, 7 de setembro de 2013

Liquidez

De repente os anos se esvaem. O mundo liquido de Bauman faz-se presente na correria do dia-a-dia insano, Perde-se a simplicidade de entregar-se ao sublime. A racionalidade pós-moderna me cansa, sinto-me parte desse mundo decadente sem força suficiente para mudar. Interligados e conectados, Com relações humanas frágeis e deprimentes.

sábado, 1 de junho de 2013

Deleito e releio meus poemas piegas. Sinto falta da ansiedade de querer (qualquer coisa) de forma tão latente que tornava tudo possível. Sonolência, insuficiência e apatia, Espero que estes meses sombrios se desfaçam, E quem sabe só voltem de passagem.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O machucado

A procura de uma nova vítima para descarregar toda sua ansiedade, Lê avista aquela que viria a ser sacrificada. Toda aquela protuberância que a natureza do seu corpo demorou algumas semanas para fazer, ela se incumbira de desfazer. Refazendo todo ritual habitual, analisa todos os lados da ferida recém-curada, e aos poucos retira toda a casca ao redor do machucado. Com um prazer alucinante retira de forma sagaz a parte do centro que sempre demora mais para sair, o que aumente sua sensação de prazer. Olha para suas grandes e afiadas unhas agora encharcada de sangue e micróbios, mas não pensa em nada disso ainda anestesiada pelo sentimento de volúpia e dor que seu corpo acabara de passar. Passado algum tempo lava a ferida agora aberta, mas devido sua juventude já começa a se fechar. Por pouco tempo!

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Não sei mais se encontrei o (des)equilíbrio. Encontro-me em minhas lacunas latentes. Posso compartilhar-me com outro, que ( des)conheço. Preciso do (re) começo.

domingo, 25 de março de 2012

Liberdade




Por anos quis sentir-me bem apenas comigo. De fato assim estou. Procurei em tantos outros um equilíbrio que só pude encontrar em mim, mesmo com tantos defeitos, erros e incertezas.Agora me sinto inteira para dividir-me com alguém, com erros, defeitos e incertezas disposto ao inconveniente de dois.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Reticências



Quem é você que exerce tanto fascínio em mim,
Você que não conheço, mas deleito com sua presença
Continuo com a mesma vocação de querer o impossível
E você persiste em dedicar-se a quem não te quer.

Jamais foi tão sofrível alucinar-me com alguém,
Você tão interrogação, se ao menos fosse ponto final ou exclamação.

Azucrina- me de forma incomensurável
Essa vontade sem nexo ou explicação
Queria uma certeza, qualquer que fosse.